No último dia 08 de novembro, comemorou-se o Dia Mundial do Urbanismo, que é uma data celebrada desde 1949 e tem como objetivo promover a consciência, a sustentação, a promoção e a integração entre a comunidade e o Urbanismo. O urbanismo é discutido amplamente desde o início do século XX e evidenciado na famosa ‘Carta de Atenas’ redigida por Le Corbusier em 1933 – CIAM. A Carta considerava a cidade como um organismo a ser concebido de modo funcional, na qual as necessidades do homem devem estar claramente colocadas e resolvidas.
Também nesta mesma época, muito se falava em reforma sanitária e cuidado com a higienização, além da criação de planos diretores, códigos sanitários e de posturas…
Quase um século depois, o mundo viu-se paralisado pela pandemia de Covid-19. Estabelecimentos fechados, cuidados extremos com higienização, aeração de ambientes, distanciamento social. Conceitos contemporâneos de urbanismo como ‘smart cities’ e ‘compact cities’ estão sendo contestados e reavaliados. A adaptação ao ‘home office’ permitiu distanciamento dos polos urbanos e proximidade à natureza.
As incertezas acompanham as mudanças, mas a certeza é que vemos um mundo de possibilidades, de novas oportunidades: um “urbanismo profilático” e esperançoso, otimista e vibrante, inventivo e surpreendente, belo e útil, como resposta definitiva contra a dor e o sofrimento humanos, como aponta Padovano e Silva em seu artigo no jornal da USP*.
Assim, na semana em que comemoramos o dia do urbanismo, também comemoramos a esperança e positivismo das possibilidades que se abrem, mesmo que seja em decorrência de uma pandemia.
*https://jornal.usp.br/artigos/pandemia-e-urbanismo/